Categories
COVID-19 Política

A resposta ruim de COVID-19 de Bolsonaro está arrastando o Brasil ladeira abaixo?

O Brasil tem sido notícia pelas razões erradas desde que o coronavírus começou a devastar o maior país da América Latina.

No centro da controvérsia está o presidente Jair Bolsonaro, que provocou uma série de críticas de especialistas em saúde por sua oposição a medidas destinadas a reprimir a propagação do vírus.

Ignorando a doença mortal como apenas uma “pequena gripe”, ele pressionou as autoridades locais por meses a reverter os bloqueios e reabrir a economia.

Apelidado de “Trump dos Trópicos” por suas visões anticientíficas e zelo populista, o político de extrema direita obviamente colocou seu país de 210 milhões em um caminho perigoso.

Read more: Brazil Political Infighting Slows the Battle Against Coronavirus

A infraestrutura de saúde inadequada do Brasil e as favelas compactas o tornam o anfitrião ideal para desastres causados por doenças, e a posição de Bolsonaro levou o Brasil a subir rapidamente na tabela de classificação sombria das estatísticas de coronavírus.

No final de junho, o país se tornou o segundo país do mundo a confirmar mais de um milhão de casos de COVID-19.

Segundo a AFP, a Organização Mundial da Saúde manifestou preocupação com a abordagem do presidente em um país que agora é o segundo dos Estados Unidos em termos de total de casos e mortes por vírus.

Número de mortes, infecções

Com base nos dados mais recentes divulgados pela Universidade Johns Hopkins, até agora registrou mais de 1,6 milhão de casos confirmados de coronavírus, além de 64.867 mortes. O marco sombrio veio quando as grandes cidades reabriram restaurantes, academias e bares.

COVID-19 global cases as of July 6 (Photo credit: Johns Hopkins University)
Casos globais do COVID-19 em 6 de julho (Crédito da foto: Universidade Johns Hopkins)

Nos EUA, o novo vírus infectou mais de 2,9 milhões de pessoas e matou 130.080. Atualmente, a Índia é a terceira mais afetada do mundo, com 19.693 mortes e cerca de 700.000 infecções.

A Al Jazeera citou recentemente a OMS dizendo que o número de infecções por coronavírus no Brasil pode ser muito maior do que o relatado devido a testes insuficientes.

Em junho, Bolsonaro disse à CNN que considerará retirar seu país da vigilância sanitária global depois que a pandemia de coronavírus passar.

Ele disse que a OMS não agiu com responsabilidade e perdeu muita credibilidade devido ao “viés ideológico”.

No final de junho, o Brasil se tornou o segundo país do mundo a confirmar mais de um milhão de casos de COVID-19.

Controvérsia crescente

A longa lista de comentários e ações controversas de Bolsonaro que conquistam as manchetes continua a crescer.

Quando o coronavírus estava se enraizando na América Latina, ele surpreendeu a comunidade médica ao adotar “remédios” não comprovados para o vírus que causou estragos no mundo.

O New York Times informou em junho que o governo Bolsonaro havia parado de divulgar estatísticas abrangentes sobre o coronavírus. Os dados foram restaurados após a Suprema Corte ordenar que o Ministério da Saúde retome a publicação.

Ele incentivou comícios em massa e participou de manifestações de rua, apesar das diretrizes para distanciamento social aconselhadas pelas autoridades de saúde. Ele também apareceu várias vezes em público sem máscara.

The scene in Brazil has been chaotic in the midst of the coronavirus pandemic. (Photo by sergio souza on Unsplash)
A cena no Brasil tem sido caótica em meio à pandemia de coronavírus. (Foto de Sergio Souza no Unsplash)

Segundo a Reuters, o presidente de 65 anos vetou partes de uma lei que tornaria obrigatório o uso de máscara facial em espaços fechados, como escolas e igrejas.

Bolsonaro – que diz que sua “formação atlética” o torna imune aos piores sintomas do vírus – participou de uma celebração do Dia da Independência dos EUA na capital Brasília sem usar máscara.

A AP diz que o presidente compartilhou fotos nas redes sociais de si mesmo, vários ministros do gabinete, assessores e o embaixador dos EUA, Todd Chapman, todos os quais evitam máscaras, apesar de estarem próximos.

Especialistas apontam essas medidas como alguns dos fatores que ajudaram a inclinar o país para a atual crise de saúde, que está prejudicando a frágil economia brasileira.

Perspectivas Econômicas

Os economistas estão prevendo uma recessão histórica na sexta nação mais populosa do mundo.

A CNN citou o Banco Central do Brasil como estimando uma queda de 6,4% no PIB para este ano.

Isso ocorre enquanto o Fundo Monetário Internacional é mais pessimista e vê a economia encolhendo 9,1% em 2020.

Bolsonaro disse em várias ocasiões que a fome e o desemprego podem matar mais pessoas do que a pandemia.

Read more: Divided Latin America Scrambles to Survive Coronavirus Onslaught

Uma grande maioria dos brasileiros inicialmente apoiou o fechamento de negócios não essenciais, mas parece que a mensagem do presidente ressonou cada vez mais.

Dados divulgados pela agência brasileira de estatística IBGE e citados pela CNN mostram que cerca de 7,8 milhões de brasileiros perderam o trabalho entre março e maio.

A agência disse que, pela primeira vez desde que começou a rastrear os dados, menos da metade da população em idade ativa, ou seja, 49,5%, estava realmente trabalhando.

O Fundo Monetário Internacional vê a economia brasileira encolhendo 9,1% em 2020.

Popularidade

Apesar de toda a controvérsia e as batalhas políticas em que o presidente brasileiro está envolvido, sua popularidade aparentemente permaneceu inalterada.

Segundo a AFP, uma pesquisa realizada pelo Datafolha no final de junho descobriu que 32% dos brasileiros acham que o governo Bolsonaro era “bom ou muito bom”, um número que não caiu desde o início da crise de saúde.

Envolto na bandeira do país, seus apoios continuaram batendo nas ruas para mostrar seu apreço por sua posição.

Alguns analistas dizem que as pessoas que apoiam Bolsonaro não são as mesmas que eram antes do surto do COVID-19.

Suas observações indicam que ele perdeu alguns pontos entre seus partidários eleitorais e ganhou popularidade entre as classes sociais mais baixas, graças ao apoio emergencial oferecido a quase 60 milhões de brasileiros.

Ninguém sabe para onde o Brasil está indo, mas o óbvio é que, se o país continuar nessa trajetória, seu número de mortes por coronavírus provavelmente ultrapassará o de seu vizinho do norte no futuro imediato.replica watches Tag Heuer Replica Watches Swiss

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *